FELIZ NATAL

Presente

Dar presentes diz muito do comportamento e das relações humanas. 

"Presentear é falar de si", diz Maria Cláudia Coelho, professora da UERJ e autora do livro O valor das intenções - Dádiva, emoção e identidade, que trata justamente sobre os significados de um presente. 

Receber presentes pressupõe vínculo, reciprocidade. 

"O presente elabora a identidade das pessoas, diz quem é e como vê o outro", afirma Maria Cláudia. Há dois pontos de vista possíveis na hora de comprar um presente: levar em conta o gosto de quem compra ou de quem recebe. Ao comprar o presente, a pessoa pode imaginar o que o presenteado gostaria de ganhar ou impõe seu próprio gosto pela certeza de que é bom.

Escolher presentes é sempre um desafio., presentear é uma troca simbólica, o professor René argumenta que os presentes são artifícios de sedução, persuasão e auto-afirmação. E aponta quatro dimensões psicológicas para o ato: o amor, o status, a culpa e o receio.

O amor deve ser entendido em termos amplos. É o afeto que liga as pessoas nos diferentes níveis de relação e a leva a presentear alguém querido. O presente dado por status tem por objetivo maior a afirmação de quem dá o presente. "Quando alguém dá um presente caro ou exclusivo, muitas vezes sua generosidade está travestida de orgulho: ‘olhem como posso dar presentes caros, olhem como fui criativo’", exemplifica René. O presente nessas dimensões, tem mais a ver com quem dá do que com quem recebe.

Em outras situações, o presente é também um mecanismo de expiação de culpa. "O marido infiel, mesmo inconscientemente, compra um presente para compensar a esposa pela traição. É um artifício de compensação", afirma o professor. Em certas circunstâncias, as pessoas presenteiam não pelo prazer de ser generosas, mas pelo temor sobre o que os outros irão pensar se elas não derem um presente.

Há ainda o presente como código social, uma convenção estabelecida, como os presentes de amigo secreto. "São práticas positivas, que afirmam a identidade e a proximidade das pessoas, apesar do caráter frio".

 NA HORA DE PRESENTEAR ALGUÉM BUSQUE  A PROXIMIDADE DO CORAÇÃO.

Pastoril

Pastoril é um folguedo popular dramático de origem européia, representado  entre o Natal e a Festa de Reis (05 de janeiro), em vários Estados do Nordeste  brasileiro. São cordões com diversos personagens, entre as quais as pastoras  ou pastorinhas, que cantam e tocam maracá. De origem religiosa, também é  denominado Presépio.  Segundo Pereira da Costa, o uso de Presépios em Portugal teve início  no Convento das Freiras do Salvador, em Lisboa, em 1391, levantando-se  no meio do templo uma armação representando o Estábulo de Belém, com f iguras que representavam a cena do nascimento de Jesus.  Depois, já no século XVI, foi o assunto dramatizado, teve entrada no teatro e  é talvez daí que vem o auto hierático português, de tão variados assuntos.  No seu Dicionário do Folclore Brasileiro, Luís da Câmara Cascudo  assim define o Pastoril: cantos, louvações, loas, entoadas diante  do presépio na noite do Natal, aguardando-se a missa da meia-noite.  Representavam a visita dos pastores ao estábulo de Belém, ofertas,  louvores, pedidos de bênção.  Os grupos que cantavam vestiam de pastores, e ocorria a presença de  elementos para uma nota de comicidade, o velho, o vilão, o saloio,  o soldado, o marujo, etc. Os pastoris foram evoluindo para os autos,  pequeninas peças de sentido apologético, com enredo próprio, divididos  em episódios que tomavam a denominação quinhentista de "jornadas" e  ainda a mantêm no Nordeste do Brasil.  Pereira da Costa afirma que a introdução do Presépio em Pernambuco vem,  provavelmente, de fins do século XVI "iniciada no Convento dos  Franciscanos de Olinda, por Frei Gaspar de Santo Antônio, primeiro  religioso que tomou o hábito no Brasil, naquele mesmo convento, em 1585".

anjo da guarda

“Tu que és portador da Paz, derrama sobre mim a Tua luz, suave e profunda, de modo a que eu veja sempre o caminho que percorro e possa ultrapassar todo o tipo de obstáculos. Ajuda-me a ter Paz e a ver a felicidade nas pequenas coisas do dia-a-dia. Ajuda-me a ser grande nas pequenas coisas, pois, se o conseguir, sei que serei grande nas grandes coisas.”

Los Hermanos - Lisbela